terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O "conto" do Bolão

Impressionante, para não dizer trágica, é a triste história dos apostadores de um bolão do Rio Grande do Sul que foram agraciados com a sorte suprema ao acertarem as seis dezenas da mega-sena, mas não tiveram a aposta registrada no sistema eletrônico da Caixa Econômica Federal. Com alguns cálculos matemáticos de probabilidade, é possível provar que acertar seis dezenas na mega-sena é algo improvável, asseveram alguns matemáticos que, acertar nesse jogo equivale à probabilidade do Sol não nascer no dia seguinte. Impossível, improvável ou não, o que os cientistas ainda não haviam calculado é a probabilidade de se acertar os seis números e, além disso, a sua aposta não ser computada pela agência lotérica, sepultando de uma vez por todas o sonho de se tornar rico. Só no Brasil mesmo, o cidadão vai a uma agência credenciada pelo maior banco estatal do país, aposta em um bolão "credenciado" e, ao conseguir o improvável(acertar todas as dezenas), descobre que a sua aposta não foi computada e, portanto não tem validade alguma. A Caixa se defende, dizendo que as lotéricas não tem autorização para realizar os bolões, mas nunca se manifestou para inibir a atividade.
O fato é que, por má-fé ou não, no jogo de empurra entre a Caixa e os apostadores prejudicados, a briga promete se estender pela Justiça e não tem data para terminar e, infelizmente, tão improvável quanto ficar rico com as seis dezenas, será esperar a decisão da Justiça brasileira, afim de que os prejudicados, seus netos ou tataranetos recebam o prêmio no futuro.

Por Cleyton Saraiva

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