domingo, 28 de fevereiro de 2010

Vacina contra Gripe A causa polêmica no Brasil

No Brasil, pessoas pedem para que vacina chegue a todos. Na Europa, países têm que vender excedente de remédios.

O anúncio de que o Brasil irá imunizar 92 milhões de pessoas contra agripe A (H1N1) acontece em um momento conturbado. Ao mesmo tempo em que diversos países estão tentando vender vacinas que compraram e acabaram não sendo utilizadas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) se defende de críticas de que houve exagero nos avisos sobre a nova gripe.
Margaret Chan, diretora-geral da OMS, declarou que a entidade manterá o alerta máximo sobre o vírus H1N1. Uma das grandes expectativas do órgão é sobre o que vai ocorrer durante o inverno no Hemisfério Sul, quando está prevista mais uma onda da nova gripe.
O governo brasileiro diz estar se preparando. Além da compra já prevista de 83 milhões de doses de vacina, o Ministério da Saúde anunciou a compra de mais 30 milhões de doses e a inclusão de mais uma faixa etária no programa de imunização, previsto apenas para a parcela mais vulnerável da população. 
Mas enquanto abaixo do Equador os países se preparam para uma guerra contra o vírus com a chegada do frio, os países do Norte saem de uma batalha tranquila, e partidos de oposição atacam governos por terem supostamente desperdiçado recursos com a compra de imensos lotes de imunizantes.
A França, por exemplo, gastou US$ 1,2 bilhão (R$ 2,09 bilhões) em vacinas. Dos mais de 60 milhões de habitantes, contudo, apenas cinco milhões foram vacinados, e o país tenta vender o excedente de medicação. Além da baixa procura, provou-se que apenas uma dose é suficiente - e não duas como se imaginava. 
Nos EUA, mais de 126 milhões de doses foram compradas desde outubro de 2009, mas só 75 milhões de norte-americanos foram vacinados. O baixo comparecimento está fazendo as clínicas de vacinação espalharem cartazes chamando para a imunização em rodeios e até em danceterias.
O excedente de vacinas no Norte traz alívio para o Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, um dos motivos da compra extra se deve à maior oferta de imunizantes no mercado. Mas apesar de o país prever vacinar mais pessoas do que o mínimo recomendado pela OMS, muitos brasileiros reclamam que o medicamento deveria chegar a toda a população.

Fonte: G1/ São Paulo

Um comentário:

  1. Pois é: a mídia criticou a falta de ação do governo e vaticinou que morreriam milhões de brasileiros.
    Parece que o governo ficou traumatizado com toda esta crítica e se deixou levar por novas advertências infundadas.

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